Pesquisa Fecomércio MG: quase 60% do comércio mineiro vende pela internet

Pesquisa Fecomércio MG: quase 60% do comércio mineiro vende pela internet

Pesquisa E-commerce 2025, realizada entre 1º e 07 de julho pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisa da Fecomércio MG, com 406 empresas mineiras, mostra que os estabelecimentos do comércio vêm ampliando a presença na internet a cada ano. Em 2023, as empresas com presença on-line somavam 57,1%, no ano seguinte eram 64,3% e, em julho de 2025, o número chegou a 76,6%.

Conforme a pesquisa, entre as empresas com presença on-line, 59,5% vendem pela internet, enquanto 33,8% mantêm apenas a presença na rede sem realizar vendas. O comércio virtual é justificado ou por ser uma tendência ou por demanda do consumidor, de acordo com 58,9% e 48,1% dos estabelecimentos. A maioria das empresas trabalham com vendas on-line entre 3 e 5 anos (43,8%), enquanto 5,9% trabalham há mais de 10 anos.

O uso do WhatsApp Business é feito pela maioria das empresas, sendo que 75,1% delas utilizam o aplicativo para marcar presença on-line e vender. Apenas 2,2% utilizam o aplicativo, mas não vendem por ele.

O Whatsapp também concentra ações de 61,5% das empresas que fecham a venda no aplicativo e recebem por outro meio de pagamento. Para 34,3% dos estabelecimentos, o catálogo do Whatsapp é utilizado para a inclusão de produtos e preços.

Com 99,3% das empresas cadastradas, o Instagram é a rede social que lidera entre as empresas com presença on-line por onde 96,5% delas vendem. O Facebook fica com uma fatia mais modesta de 23,0% que vendem por ele e onde 36,6% das empresas do comércio marcam presença. No total, 61,1% das empresas comercializam seus produtos nas redes sociais, sendo que 72,8% permitem a retirada dos produtos na loja.

De acordo com Fernanda Gonçalves, economista da Fecomércio MG, “os dados revelam um cenário de crescente adesão às plataformas digitais por parte dos empresários do varejo, com 76,6% das empresas que já possuem presença on-line e 59,5% realizando vendas pela internet. A tendência evidencia não apenas as adaptações às novas demandas dos consumidores, mas também a busca por maior competitividade, adesão e fidelização de clientes no mercado. O e-commerce ganha cada vez mais relevância na dinâmica do varejo, com os avanços tecnológicos e modernização das estratégias impulsionados pelos consumidores, que estão cada vez mais exigentes e conectados, utilizando a internet não apenas como canal de compra, mas também para realizar pesquisas de preços, avaliações de qualidade e tendências do mercado. O universo digital se consolida não apenas como uma opção, mas como uma necessidade estratégica para a competitividade do setor varejista”, explica Gonçalves.

A venda em marketplace é uma realidade para apenas 12,4% das empresas mineiras, sendo que o IFood é utilizado por 34,8% e outros 34,8% usam a Shopee para vender seus produtos. As empresas com site próprio somam 21,1% do total e 74,4% delas vendem por ele.

Considerando todas as plataformas de pagamento, 55,2% das empresas indicam que o volume de vendas on-line corresponde de 10,0% a 20,0% do total de suas vendas. De acordo com os empresários entrevistados, 37,3% dos clientes retornam para comprar on-line semanalmente e 36,8%, mensalmente.

Já os principais motivos que levam os estabelecimentos a ainda não terem presença na internet são: falta de interesse, preferência pelo modelo presencial, porte da empresa e a falta de tempo.

Para 85% das empresas que estão fora da internet, continuar off-line é a opção; para 7,4% o plano é fazer venda on-line dentro de um ano e, para 3,2%, após esse período. Um percentual de 4,2% não soube ou não quis avaliar. Entre as empresas que pretendem iniciar vendas on-line, 60,0% gostariam de obter ajuda, enquanto 40,0% não demonstraram interesse em receber apoio.

Os empresários que não trabalham, mas querem trabalhar com e-commerce, ainda não aderiram às vendas virtuais por: falta de planejamento (62,5%), falta de tempo (43,8%), ao tamanho da empresa (18,8%). Outros motivos apontados foram a falta de mão de obra especializada (12,5%) e o fato de a empresa ser recente (6,3%).

Já para os estabelecimentos que descartam vender on-line, os motivos mais citados foram: não têm interesse (51,8%) e preferem o modelo presencial (38,2%).

Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) é a principal entidade representativa do setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado, que abrange mais de 750 mil empresas e 51 sindicatos. Sob a presidência de Nadim Elias Donato Filho, a Fecomércio MG atua como porta-voz das demandas do empresariado, buscando soluções através do diálogo com o governo e a sociedade. Outra importante atribuição da Fecomércio MG é a administração do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Minas Gerais. A atuação integrada das três casas fortalece a promoção de serviços que beneficiam comerciários, empresários e a comunidade em geral, a partir de suas diversas unidades distribuídas pelo estado.

Desde 2022, a Federação tem se destacado na agenda pública, promovendo discussões sobre a importância do setor para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. A Fecomércio MG trabalha em estreita colaboração com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, para defender os interesses do setor em âmbito municipal, estadual e federal. A Federação busca melhores condições tributárias para as empresas e celebra convenções coletivas de trabalho, além de oferecer benefícios que visam o fortalecimento do comércio. Com 86 anos de atuação, a Fecomércio MG é fundamental para transformar a vida dos cidadãos e impulsionar a economia mineira.