Mais de 200 indivíduos foram presos por iniciar incêndios em Minas
A ofensiva das autoridades contra incêndios criminosos em Minas Gerais já resultou na condução de 216 pessoas por crimes relacionados a incêndios. Desses, 76 foram por crimes ligados a queimadas florestais. O balanço foi apresentado pelo governo de Minas nesta sexta-feira (20/9) em coletiva de imprensa.
O aumento expressivo de queimadas no estado, que já ultrapassa o recorde de 2021, tem mobilizado uma intensa operação para identificar e punir os responsáveis. A prática de atear fogo em áreas de vegetação é considerada crime ambiental, conforme estabelecido pelo artigo 41 da Lei nº 9.605/98, que prevê punições para atividades que prejudiquem o meio ambiente.
Entre janeiro e setembro de 2024, a Polícia Civil (PCMG) indiciou 91 pessoas por crimes relacionados a incêndios em Minas Gerais, um aumento de 13,75% em relação ao mesmo período de 2023. O número consideravelmente inferior ao de ocorrências reflete a dificuldade em identificar os responsáveis. “Muitos ocorrem em locais ermos, sem câmeras”, comenta o delegado Saulo Castro, porta-voz da Polícia Civil de Minas Gerais, ressaltando a importância da colaboração da população em denunciar os crimes.
Até o dia 18 de setembro, o estado contabilizou 24.475 incêndios em áreas de vegetação, superando o total de 24.336 ocorrências de todo o ano de 2021. “Estamos atendendo a uma demanda que supera nossa série histórica, com mais de 24 mil ocorrências em áreas urbanas não protegidas, ultrapassando todos os índices desde 2015”, alerta o tenente-coronel Ivan Neto, coordenador de Meio Ambiente do Corpo de Bombeiros.
Além das autuações e prisões, as multas aplicadas já somam R$ 10 milhões, como parte do esforço das autoridades para punir os responsáveis e mitigar os efeitos dos incêndios criminosos no estado.
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