Ações de humanização no Hospital Municipal de Contagem favorecem a recuperação dos pacientes
A humanização no ambiente hospitalar é uma prática essencial que visa proporcionar um atendimento mais acolhedor e empático aos pacientes, reconhecendo sua individualidade e respeitando a sua dignidade. No Hospital Municipal de Contagem (HMC), essa abordagem foi um dos destaques na unidade no primeiro trimestre deste ano.
A responsável pela humanização do HMC, Rejane Luzia, enfatizou a relevância do tema: “A humanização nesse ambiente é fundamental para promover o bem-estar dos pacientes, suas famílias e também dos profissionais de saúde. Buscamos desenvolver ações que promovam um atendimento mais humano e acolhedor, pois isso impacta diretamente na recuperação e na qualidade de vida dos pacientes”, afirmou.
Diversas iniciativas foram realizadas no HMC para promover a humanização e garantir um ambiente mais acolhedor e confortável para os pacientes. O ano foi aberto com a Campanha “Janeiro Branco”, com foco na saúde mental e emocional. Pensando na necessidade de manter a mente sã para alcançar um corpo são, a ação contou com palestras temáticas para falar sobre o olhar do paciente sobre ele mesmo. “O autocuidado em saúde mental não se trata apenas da mente, mas da pessoa como um todo, incluindo os cuidados com o corpo e tudo o que nos cerca”, destacou a psicóloga do Centro Materno Infantil (CMI), Deise Lúcide Cerqueira Gomes.
Outra ação importante foi o corte de cabelo e barba oferecidos aos pacientes, uma atividade que vai além do aspecto estético, promovendo também a autoestima e o bem-estar emocional dos internados. “Eu já estive internado aqui também e sei como é ruim ficar sem poder ver as pessoas na rua, sair, divertir, fazer o que gosta. Então, nesse sentido, acredito ser importante ajudar, cortar o cabelo e trazer uma palavra de consolo. Ninguém pode mudar a vida de todo mundo, mas todo mundo pode mudar a vida de alguém”, afirmou Edilson Torres, idealizador do projeto.
Segundo Adriana Aparecida, acompanhante do filho, internado no HMC, a proposta de ajudar as pessoas é muito importante. “Há pessoas que estão aqui sem alguém próximo, não têm parentes e nem quem faça o serviço que os profissionais daqui realizam. Por isso, trata-se de algo muito interessante, pois há um cuidado com os pacientes, um carinho para com o próximo”, ressaltou.
Momentos de alegria que fortalecem a alma
Uma ação que também chamou muito a atenção foi a visita do mascote do Clube Atlético Mineiro. O “Galo Doido” fez uma aparição surpresa no Centro Materno Infantil. A presença do mascote do Atlético Mineiro não só trouxe alegria para os pequenos, mas também deixou clara a importância de ações como essa no processo de recuperação dos pacientes. “Em meio a um ambiente muitas vezes marcado por desafios e incertezas, momentos como esse destacam a conexão entre a comunidade, o esporte e a saúde, oferecendo um horizonte de esperança”, reforçou Rejane Luzia.
Outra prática que fortalece a humanização no HMC são os cultos religiosos que acontecem regularmente, proporcionando conforto espiritual aos pacientes e suas famílias, independentemente de sua crença. “Os cultos são realizados periodicamente para os pacientes e acompanhantes, assim eles podem resgatar os momentos de fé e espiritualidade”, disse Rejane.
Alento para pacientes e familiares
A presença dos palhaços da alegria no HMC é outro projeto importante e que conta com visitas semanais aos leitos do hospital. Durante essas visitas, os palhaços não apenas levaram sorrisos e momentos de descontração aos pacientes, mas também contribuíram significativamente para a arrecadação de doações. “Os palhaços da alegria trazem não apenas sorrisos, mas também amor e carinho. Eles ajudam a criar um ambiente terapêutico, onde os pacientes se sentem acolhidos e estimulados a enfrentar suas dificuldades de forma mais leve”, afirmou Rejane.
Segundo a responsável pela humanização do HMC, a implantação desses projetos tem sido fundamental para promover um atendimento mais humanizado, tornando estes momentos mais leves. “Para o paciente, todo esse processo hospitalar é um universo novo, um ambiente diferente, onde vai dividir o quarto, sua intimidade com quem não conhece, vai dividir o teto com outras pessoas. Sendo assim, a humanização é um processo muito importante para tornar esta mudança mais suave, trabalhando as emoções”, disse.
Para Sandra Francisco de Souza, avó de um paciente internado no hospital, a visita dos palhaços foi uma experiência transformadora. “Vê-lo sorrir depois de tantos dias de internação é algo que não tem preço. Esses momentos são muito gratificantes, por trazer um pouco de alegria e esperança para as pessoas que estão passando por momentos difíceis”, afirmou.
Foto: Etiene Egg (corte de cabelo), Isabela Lucien (Palhaços) e Adriana Silva (Mascote)
Editor-chefe, publicitário, jornalista e especialista em marketing político, com vasta experiência em gestão editorial, desenvolvimento de estratégias de comunicação e campanhas políticas de alto impacto.