SLU Recolhe Mais de 13 Mil Toneladas de Resíduos nas Vilas de BH em 2024
A Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) já coletou 13,8 mil toneladas de resíduos domiciliares nas vilas e favelas de Belo Horizonte, de janeiro a abril deste ano. A coleta domiciliar é apenas um dos serviços de limpeza urbana prestados a essas comunidades, que também recebem regularmente a varrição, a capina, a limpeza dos córregos, o recolhimento de deposições clandestinas, entre outros.
“Os serviços têm a mesma qualidade e frequência dos executados na cidade formal. São pensados com toda a singularidade que as vilas nos exigem, devido principalmente às características geográficas desses locais”, afirma a chefe do Departamento de Limpeza Urbana da SLU, Erika Resende.
De acordo com ela, para realizar com eficiência a limpeza nas vilas, a SLU adotou soluções adaptadas para as realidades destas localidades, que possuem muitos becos e vias estreitas. Uma delas é o uso de uma frota de 21 caminhões mini compactadores. São veículos menores, com capacidade para recolher 4,3 toneladas de resíduos cada um, mais adequados para transitar nas ruas estreitas.
Outra especificidade é a figura do “gari de Zeis”. Geralmente são moradores contratados para atuar nas próprias comunidades em que vivem, localizadas em áreas classificadas como Zonas de Especial Interesse Social (Zeis), ou seja, porções do território municipal ocupadas predominantemente por população de baixa renda, nas quais há interesse público em promover a qualificação urbanística por meio da implantação de programas habitacionais de urbanização e regularização fundiária.
Atualmente são 244 garis de Zeis. Além de percorrer os becos, coletando o lixo domiciliar, varrendo e capinando, eles também conversam com as pessoas, orientando como e quando descartar os resíduos. Um dos instrumentos usados por eles são carrinhos de mão, feitos de fibra de vidro, ideais para a coleta de resíduos em becos. “São equipamentos leves e adaptados, inclusive com freio, para serem usados com segurança nas subidas e descidas dos morros e assim, permitir o correto acondicionamento e deslocamento do resíduo”, explica Erika Resende.
A coleta domiciliar é feita com frequência mínima de três vezes por semana. Em algumas vilas, é diária. Nos dias determinados, os moradores colocam os sacos de lixo na porta de suas residências, nos becos. Os garis recolhem e levam para um ponto próximo, em que o mini compactador tenha acesso, para coletar o lixo.
Outro serviço importante nas vilas é a limpeza dos córregos, realizada quatro vezes por ano. A coleta de deposições clandestinas de lixo é feita por garis, com apoio de apoio de caminhões menores dos tradicionalmente usados na cidade formal. Em 2024, de janeiro a abril, foram recolhidas 3.162 toneladas de resíduos provenientes da capina, varrição e recolhimento de deposições clandestinas nestas comunidades.
Para Erika Resende, o morador pode colaborar muito com a SLU para manter a comunidade limpa, principalmente não jogando lixo em locais indevidos. “É preciso que os moradores façam a adesão aos serviços de limpeza, colocando o lixo domiciliar em frente da sua residência, no dia correto, para o gari coletar. O morador precisa se conscientizar de que descartar o lixo em encostas e córregos prejudica a todos na comunidade”, alerta.
A presidente da Associação de Moradores do Morro do Papagaio, Elaine Pinheiro, elogia o trabalho desenvolvido pela SLU. Na comunidade onde mora, a coleta domiciliar é feita diariamente pelo gari de Zeis. A vila faz parte do Aglomerado Santa Lúcia, localizado na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
De acordo com ela, o serviço foi melhorando ao longo dos anos, se adequando às necessidades dos moradores. “Vemos hoje o pessoal da limpeza urbana como nossos parceiros, tanto em relação à limpeza, suporte e até na conscientização de como descartar seu lixo corretamente. Sem o cuidado e zelo deles, a comunidade seria um lixão. Sempre estão prontos para nos ajudar em qualquer suporte que precisamos, quando acionamos eles”, avalia.
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