Governo de Minas Recebe Novas Aeronaves para Fortalecer Transporte de Órgãos Vitais e Segurança Pública
Aviões entregues pelo Ministério Público de MG foram adquiridos com recursos resgatados em operações contra ilícitos fiscais, crimes tributários e de corrupção
O Governo de Minas e a Polícia Militar (PMMG) receberam duas aeronaves para reforço de missões de segurança pública, da Defesa Civil e principalmente para apoio ao transporte de órgãos vitais em todo o estado, por meio do programa MG Transplantes. Os aviões foram entregues pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e, anteriormente, adquiridos com recursos recuperados de operações contra o crime.
Nesta quinta-feira (23/5), o governador Romeu Zema, o vice-governador Professor Mateus e militares do Comando de Aviação do Estado (ComAvE) participaram da solenidade de entrega simbólica das chaves das aeronaves pelo procurador-geral do Estado, Jarbas Soares Júnior.
Durante a solenidade, o governador ressaltou a importância do trabalho com a corporação e o MPMG para priorizar a entrega de serviços para os mineiros.
“Essas aeronaves terão prioridade para salvar vidas e para missões de segurança. Isso vai ser um marco muito importante para Minas Gerais, quando, em breve, 100% do nosso território ficará coberto pelo Samu, juntamente com a aquisição de outras aeronaves. Fica aqui o meu agradecimento a todos da Polícia Militar e do Ministério Público”, afirmou.
“Nós estamos aqui para fazer uma gestão onde o foco e a prioridade são os mais de 20 milhões de mineiros que dependem de bons serviços públicos. Todos têm sua parcela de participação. Sozinho, ninguém faz nada”, enfatizou Romeu Zema.
Na ocasião, o procurador-geral do Estado, Jarbas Soares Júnior, explicou que os recursos para a aquisição dos aviões foram resgatados no ano passado, por meio do trabalho do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), que conseguiu recuperar R$ 1,9 bilhão para os cofres públicos de Minas. O valor é referente a ilícitos fiscais, crimes tributários e de corrupção, entre outros. O Cira é formado pelo MPMG, pela Secretaria de Estado de Fazenda (SEF), pela Advocacia-Geral do Estado (AGE) e pelas polícias Civil e Militar de Minas.
Na sequência, o vice-governador Professor Mateus também reforçou os agradecimentos aos parceiros e elogiou o trabalho da PMMG e do Ministério Público pela aplicação eficiente dos recursos que saem dos bolsos dos contribuintes mineiros.
“A cada uma dessas entregas, a gente tem a oportunidade de ver, seja na segurança, seja nos serviços públicos essenciais, seja na devolução do recurso para os cofres, como é possível transformar aquele desvio praticado pela fraude tributária ou para os outros crimes contra a ordem econômica em serviços prestados novamente a sociedade”, reforçou.
Missões especiais
Os aviões entregues pelo MPMG são os modelos bimotor turbo hélice King Air 350, batizado com o codinome Pegasus 23, e o avião bimotor jato modelo Cessna Citation Bravo 550, batizado com o codinome de Pegasus 24.
A aeronave Pegasus 23 foi entregue ao MPMG em dezembro de 2022, e iniciou as operações em janeiro de 2023. O avião já realizou mais de 344 horas de voo em missões de segurança pública, defesa civil e, principalmente, de apoio ao MG Transplantes, programa estadual que necessita de logística de transporte ágil para a captação e transporte de órgãos vitais.
Já o avião Pegasus 24 iniciou as operações no em fevereiro de 2024 e possui, atualmente, mais de 63 horas de voo em missões diversas, incluindo de apoio ao transporte de órgãos vitais, especificamente na captação de coração, em que o tempo de deslocamento afeta diretamente o paciente transplantado. O tempo de isquemia do coração (prazo entre a retirada do órgão do doador e o seu implante no receptor) é de apenas quatro horas.
O empenho de aeronaves do ComAvE serve a situações de interesse público, nas quais a aviação civil não é suficiente ou adequada. Além das demandas urgentes de transporte de órgãos para transplantes, os veículos atendem demandas sensíveis de transporte de presos perigosos, demandas sigilosas a serviço de operações de investigação criminal, e demandas humanitárias de salvamento, como nas enchentes deste ano no Rio Grande do Sul.
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